30 novembro, 2007

Sossega Soneto.

Sossega em meu peito e dorme
Descança e dança, pequena criança
Ao longo do leito, leitosa pança
A vorás fome de sua vermiforme.

Desencadeie sua face e deforme.
Teu peito trará certa esperança
Porém, nada traz mais bonança
Do que o peito de sua oviforme

Bivalvia fechada que traduz o som
Encanta a criança, dormindo também
Do mar das conchas, num único tom

Vieram dum mundo pequeno e trouxo
Que dão os poderes inocentes à quem
Nos dará o certo exílio, nosso moucho.

Marcos Rodrigues

Nenhum comentário: